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segunda-feira, 30 de maio de 2011

POR UMA VIDA MELHOR?!



José Joaquim de souza[1]
Orientação: Rosângela Paiva Spagnol (prof. Ms)

         É  do conhecimento de todos, vez que veiculado na mídia, rcenemente,  a distribuição para quase meio milhão de alunos,  um livro de português, cujo nome é:  Por uma vida melhor”.   Tal obra  defende um novo conceito sobre o uso da língua portuguesa.
         Nada  teria mais certo ou errado, e sim adequado ou inadequado, dependendo da situação.
       Ocasião em que  o Douto  Ministério da Educação esclareceu que a norma culta de língua portuguesa será sempre a exigida nas provas e avaliações”.[2]
 Vemos como, no mínimo, um contra-senso por parte do Ministério da educação e Cultura, alías...Ministério do que?!  da – c u l t u r a - ?!
 Abonar um livro que deveria ser destinado a educar e formar os cidadãos do futuro e que, na realidade se presta a aliená-los.
        A instituição supracitada parece não honrar o próprio nome, quando ao contrário  deveria traduzir e nortear as ações e ser sempre examinado com atenção quando se diz  sua competência: a cultura.
 Fris-se apenas a título de comento:
-    Pensemos um pouco no significado da palavra “nome”:
    _ Palavra com que se designa e distingue qualquer pessoa ou coisa, bem como a ação, o estado ou a qualidade.
    Como um Ministério  da cultura que é,  deveria cuidar  melhor  da educação e da cultura prestando um desfavor ao seu País, admitindo uma política como aquela acima citada?!
  E, ainda , com o suposto intuito de evitar o constrangimento da pessoa, condena-a uma vida futura constrangedora e menos digna, condenado á  incultura?
                Segundo Alexandre Garcia, “A educação liberta e torna a vida melhor, nos livra da ignorância, que é a condenação à vida difícil.”
Será que o mencionado jornalista tivesse sido “educado” por este novo sistema proposto seria capaz de “produzir” esta frase de efeito?
      Será que nós leitores  seríamos capazes de entendê-la, entendendo-a, fazer conceito de valor sobre ela, se sob a  forma  da  nova  proposta tivesse sido preparado?
         O conhecimento liberta e forma eleitores e contribuintes conscientes, isto é incontestável.
        A grande questão que se  apresenta é:
_ Como adquirir conhecimento se abolirmos a aprendizagem seriamente dirigida e consciente?
_ Será que há “outra intenção intrínseca” na apresentação desta “educação flexível”, ou melhor, este formato é ou não inclusivo?
_ Os filhos dos “figurões” serão educados da mesma forma?
Se o próprio Ministério da Educação e Cultura afirmou que “a norma culta da língua portuguesa será sempre a exigida nas provas e avaliações” não se mostra errônea a interpretação de que “não teria mais certo ou errado, e sim adequado ou inadequado”?
No futuro, quando da prestação de um concurso público para preenchimento de vaga em qualquer dos Poderes dos Entes Federados, nossos filhos serão fatalmente qualificados como inadequados. Lembremos, esse livro se chama “Por uma vida melhor”, irônico, não? _Seria cômico se não fosse trágico.
Num primeiro momento estes livros foram distribuídos para quase meio milhão de alunos, ou seja, aproximadamente quinhentas mil pessoas – o que facilmente poderá ser ampliado – servirão de cobaias para “inaugurar” um novo sistema que poderá comprometer de forma irreversível o futuro destes e, numa reação em cadeia, de toda uma geração que os sucederão.
Provavelmente estão ferindo nossos direitos constitucionais sociais que esta prevista no artigo 6° (educação).
À luz de uma análise mais profunda, este novo método não mostra nada de novo e já conhecemos o prognóstico.
 Vejamos:
        Em época recente, ou melhor, há menos de cinquenta anos, o autoritarismo tratava de calar os anseios da população através da repressão, que consistia num conjunto de medidas violentas, tomadas pelo Governo, contra todas as idéias insurgentes, contrárias às vontades da classe dominante. Hoje, ao invés de reprimir, a supracitada classe resolveu suprimir, tolher, minar toda e qualquer força volitiva e preordenada através da alienação mudando assim o método, mas mantendo a finalidade.

Bibliografia:
Paulino,Leopoldo.Tempo de Resistência,Editora Oswaldo Cruz Empreendimentos,3ª Edição,1999.
Disponível em : HTTP:gl.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/05/aboliu-se-o-merito-e-agora-aprova-se-frase-errada-para-não-constranger.html    Edição de 17 de maio de 2011.




[1] O aluno autor é graduando em direito do 3º período da Faculdade Barretos.

[2]DFisponível em  HTTP://gl.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/05/aboliu-se-o-merito-e-agora-aprova-se-frase-errada-para-nao-constranger.html acesso em 30/05/11

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