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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Somos todos americanos

Priscila Rodrigues lourenço.[1]
(Orientadora (Profª.Ms) Rosângela Paiva Spagnol)



Neste trabalho pretende-se tecer uma sucinta análise no que diz respeito ao modo de vida dos cidadãos Norte-americano. Para tanto baseou-se no texto de Ralph Linton:  “O cidadão norte americano”.   No seu relato o dia-a-dia dos chamados “Americanos”  de pronto de dá pelo simples fato de viverem na América do Norte.
Vez que  que todos aqueles que vivem na Américas, seja ela do Norte, Central ou do Sul automaticamente são americanos, mas apenas os viventes na América do Norte pensam ser dignos de serem chamados assim.
 Tal pensamento   no induz a seguinte idéia: Apesar de os ‘americanos” estarem no topo como a maior metrópole do mundo, nem todos os seus hábitos são o que aparenta ser.
Todos nós conhecemos bem os costumes  norte-americano que tanto é retratado pelos filmes de Hollywood, segundo Marcel Maus (1872-1950) no diz assim:

“....uma criança senta-se á mesa com os cotovelos junto ao corpo e permanece com as mãos nos joelhos, quando não está comendo,  ela é inglesa. Um jovem francês não sabe se dominar, ele abre os cotovelos em leque e apóia-se sobre a mesa”.


Não é difícil imaginar que a posição das  crianças brasileiras, nesta situação, pode ser bem diversa.”[2]
A partir da leitura desse trecho observa-se claramente o conceito de superioridade norte-americana que é transmitido á todo o mundo.
No entanto, é notável que grande parte de seus padrões culturais não foram criados a partir de um sistema autônomo, mas sim através de chamada, difusão cultural e que, é oriunda de alguns países ainda em desenvolvimento, e que muitas vezes são menosprezados pelos norte-americanos e considerados inferiores.
Não é preciso ir longe para que se possa ver um fato assim, Peter Burke disse:


“... o conflito é mais conhecido a partir do debate nos Estados Unidos, em que estudiosos feministas e afro-americanos se destacaram entre os críticos...”.


Esse habitual modo de vida é decorrente do empréstimo da cultura de várias civilizações, ou seja, todos os outros povos contribuíram com alguma parcela para a ostentação deste modo de vida. Já que desde o momento em que se levanta podemos observar um modelo cultural advindo de outro local.
Em um período em que os norte-americanos vivem um grande desenvolvimento material, e sentimento nacionalista faziam-se acreditar que esse seu modo de vida era originário de costumes próprios.
Porém não devemos velos como alguém que vive de modo errado, pelo contrário, afinal sem a difusão cultural, os povos talvez, não vivessem deste modo atualmente, o que se pede é que ao menos valorizem os países do qual se apropriam da cultura.
É perceptível a mistura de diversas culturas, e para que se possa conhecer diferentes hábitos de vida.


“Comportamento etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos  diferentes. Praticas de outros sistemas culturais são       catalogadas como absurdas, deprimente e imorais. ”[3]


Assim sendo, sem o cidadão norte-americano, nem qualquer outro pode considerar seus hábitos cem por cento originários, afinal todos tem intrínseco em sua cultura uma outra sobrevinda de algum lugar do mundo, isso ocorreu inúmeras vezes em povos de culturas diferentes situados nas diversas regiões do globo, portanto não poderíamos ignorar o papel da difusão cultural; que nada mais é do que uma junção de tudo: sonhos, comidas, emoções, viagens, memórias, gestos, humor dentre outros reunidos em apenas um lugar.
         Como o historiador brasileiro Gilberto Freyre sugeriu a cerca de 60 anos atrás quando o nacionalismo e política militar estava no auge no nosso país nos afirma:

“....o estudo da historia cultural e social é ou poderia ser uma maneira de “aproximar pessoas” e abrir “vias de compreensão e comunicação entre elas”.[4]

Assim sendo, como americanos que somos, não caberia nem de longe uma superioridade ou arrogância social  pelo simples fato de uma  diversidade regional dentro das Américas, é o nosso pensar em um profundo respeito à idéias contrárias.







BIBLIOGRAFIA:

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito Antropológico. 23.ed. Rio de Janeiro:Jorge Zahar.2009.

         BURK,Peter, O que é Historia Cultural? .2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2008.

        



[1] Graduanda do 3º período do curso de Direito da Faculdade Barretos
[2] Cf. LARAIA,Roque de Barros. Cultura: Um conceito Antropológico. 23.ed.Rio de Janeiro:Jorge Zanhar.2009.p.70
[3] Aput LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito Antropológico. 23.ed. Rio de Janeiro:Jorge Zahar.2009.
[4] Cf. BURK,Peter, O que é Historia Cultural? .2.ed. Rio de Janeiro:Jorge Zahar. 2008.p.180.

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